O sentido da vida é não morrer.
Tê-la bem protegida nos braços.
Como a economia para a viagem tão sonhada.
Que vai se adiando até a morte.
Gasto o último centavo num papel de chiclete.
Sou um irresponsável.
O que será da minha vida ?
Tenho feito tantos planos.
Que já nem sei mais o que é um plano.
Ou se o desejo imediato é o meu sonho de consumo.
Pois minha vida já é algo.
E a morte guarda a minha cadeira cativa debaixo do chão.
Vou escavando assim o meu futuro
Num ponto cego entre a cegueira e o absurdo
Neste assento do qual sou ejetado.
Mas por certo Indagarão o quê é a vida
A vida é a pá de um coveiro suicida
A morte é só mais um buraco.
André Castiel
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