sábado, 20 de novembro de 2010

LEGALIZAÇÃO!?


 SIM OU NÃO?   INFORME-SE!

Bom primeiramente espero que o Blog tome proporção e que cultive sempre a discussão a nível sadio, assim vamos dar partida ao que realmente propomos que é a não hipocrisia, o que seria isso? 

Falar de assuntos problemáticos, preferíveis de ser deixado de molho, porém não ater-se apenas a isto, e sim a uma gama de assuntos gerais, versáteis e atuais... havendo hora pitadas de nostalgia.

Como post inaugural, sem apologia ao assunto tratado, só repassando o que se tem conhecimento hoje em dia sobre a temática, vamos agora apresentar a Cannabis Sativa e deliberações sobre a mesma e o seu nível de inserção na sociedade.        

Cannabis é um gênero de plantas herbáceas de grande a médio porte, a espécie Cannabis Sativa (“maconha”) é uma erva secularmente usada para fins medicinais, tanto somáticos quanto psicológicos, como nos diz os relatos históricos das diversas culturas no decorrer dos tempos e que ainda são aplicadas hoje em dia.  
Esta planta quando usada comedidamente traz benefícios para seus usuários, porém, alguns de seus efeitos colaterais “prazerosos” decorrentes das reações químicas entre as substancias cerebrais e da própria cannabis podem causar dependência, se abusada.

Utilizada como analgésico, anestésico, antidepressivo, antibiótico e sedativo por milhares de anos nas regiões asiáticas e africanas hoje se encontra criminalizada na maioria do mundo ocidental, mesmo assim estudos sobre a planta não deixaram de ser realizados.

  A conseqüência direta disto são as descobertas de suas novas funções como redutora das sensações de náuseas e vômitos produzidos por posologias aplicadas a pacientes com câncer e os seus efeitos benéficos para certos casos de epilepsia.

Porém, assim como seus benefícios a mesma apresenta outros efeitos indesejáveis como sensação de angustia, atordoamento, medos de perder o controle de si, tremulações e suadouro, efeitos mais ligados a parte psíquica, e outros a parte física como aceleração no batimento cardíaco, boca seca, vermelhidão dos olhos e a catalepsia. 
   
Além do uso medicinal há o aproveitamento da planta para o comércio, como é o caso do cânhamo por produzir irrelevantes quantidades de cannabinóides, assim suas fibras podem ser utilizadas para a produção de roupas e outros artefatos que a utilizem. 

Enfim a sua criminalização deu-se no inicio do século XX e desde então ficou uma nebulosa inquietação sobre este assunto, por quais motivos ela foi proibida e por que ainda se teria eficácia a sua criminalização perante a sociedade ocidental.
 
         Com a sua proibição em 1937 nos Estados Unidos começou-se uma batalha silenciosa contra a Cannabis, mesmo após anos sem ser criminalizada no país ou na Europa, as intenções que ficaram obscurecidas por trás da proibição parecem ser mais de cunho econômico e de um preconceito cultural.

“A guerra contra essa planta foi motivada muito mais por fatores raciais, econômicos, políticos e morais do que por argumentos científicos. E algumas dessas razões são inconfessáveis. Tem a ver com o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários freqüentes de maconha no começo do século XX.”                  

                                                             A verdade sobre a maconha - Superinteressante

                
Pois o mercado têxtil forte no país tinha o cânhamo, uma parte fibrosa da planta capaz de produzir tecidos semelhantes ao linho, como a principal concorrente no mercado, o material feito do cânhamo é uma alternativa a produção de roupa, pois possui uma fibra mais longa e resistente, sendo mais rentável ao passar dos anos. Conheça..

Além desses fatores a produção do cânhamo é mais versátil que a do algodão a planta requer praticamente uma faixa de porcentagem igual a zero no uso de agrotóxicos, atinge altura média de 2,7 metros em quatro meses e é capaz de produzir de três a seis toneladas de fibra seca por hectares.

Muitos dos pesticidas usados nos plantios de cóton são cancerígenos aos humanos, por tais motivos marcas famosas internacionalmente aproveitam os atributos do cânhamo para aumentar a qualidade de suas mercadorias e ao mesmo tempo incentivam um meio de ganhar a vida mais saudável aos produtores, evitando sua intoxicação pelos agrotóxicos.

Outro argumento a favor da legalização é ligado aos usuários, o cigarro industrial que circula no comércio causa de 2,5 a 5 vezes menos obstrução respiratória do que o de maconha, porém dos dois é o tabaco que leva quase exclusivamente o seu usuário à insuficiência respiratória crônica, quadro que pode evolui a partir de um enfisema pulmonar. 

A proporção dada na comparação é devido a um nível superior de carboxihemoglobina e de alcatrão presente na maconha, mas são substancias comuns na queima dos dois fumos, fumantes da cannabis também apresentam assobios ao respirar, tosses e sofrem com fortes expectorações no peito.

A resposta para isso vem dos próprios pesquisadores, a intoxicação maior desses componentes deve-se a baixa qualidade dos cigarros de maconha, onde estes não possuem o tratamento industrial do tabaco, é montado manualmente e não apresenta o filtro, colocando a mesma em desvantagem na pesquisa. Veja aqui.

As políticas mantidas para a contenção dos usos e comercialização da maconha já não trazem eficácia alguma, desde a sua proibição não se conseguiu inibir o mercado negro produzido entre os fornecedores e consumidores.

As pessoas sempre vão continuar achando jeitos de realizar o plantio, a venda e o consumo da maconha, a proibição de algo que é largamente consumido traz poder a que o fornece e cria um poder paralelo ao estado.

A prova disto são os recorrentes conflitos entre traficantes e a milícia estatal, o aumento da violência nos morros e da comunidade ao seu redor, a corrupção gerada pelas propinas que mantêm o marasmo da realidade no combate ao trafico e ao consumo, o contingente é grande de mais para o controle efetivo do Estado.

Visto os argumentos mais comuns deve-se destacar talvez o mais expressivos entre eles, aqui se busca uma explicação mais justa a sua descriminalização, “Se a maconha faz mal a saúde por que é tratada como um crime?”, se e relacionada a qualidade de vida deveria ser tratada com políticas de prevenção e não repressão. Conheça ativistas pro Cannabis e participe das discussões aqui.

A forma correta seria abordá-la com políticas de saúde pública e investimentos em pesquisas sobre seus efeitos reais no homem e os malefícios e benefícios, com informativos sobre os seus efeitos como realizado no caso do tabaco e nas fiscalizações sobre o álcool.
Na parte ligada aos impostos os argumentos para a legalização da maconha são a criação tarifas aos produtos derivados da herbácea Cannabis e dos dependentes de seus princípios ativos droga.

          O uso terapêutico da maconha, para os casos de glaucoma, algumas dores musculares e neuropáticas, epilepsia, em pequenas doses para ansiedade, tratamento de pacientes contaminados com AIDS como já dito de náuseas crônicas como nos casos de pessoas em tratamento de quimioterapia..


A polêmica deve ser proposta nas rodas e em uma discussão aberta e esclarecedora por parte dos dois lados, favoráveis ou não propósito e deixar a população decidir sobre a melhor opção de se tratar este assunto.

E assim não ser alimentada uma idéia sobre a questão sem ter devido conhecimento e marginalizar o usuário ou os favoráveis sob rótulos degradantes, aludindo assim à educação e cidadania e não a alienação da própria concepção sobre uma discussão de tão fácil acesso.

 Algumas correntes de pensadores acham que a liberação e apenas para o uso do usuário recreativo e desdenham da própria questão de forma esclarecida, a proposta desta pesquisa vai muito além da criminalização ou descriminalização da herbácea cannabinóide e sim a os aspectos sócio-econômicos envolvidos na própria discussão.

         Analisado o sobre o contexto político-social, o impacto seria grande na sociedade brasileira sobre uma discussão mais aberta e democrática, porém, saudável em respeitar as opiniões divergentes da nossa, ao mesmo tempo existe na maconha o seu lado bom e ruim; pode trazer benefícios ou causar grande mau aos que não conseguem ter um controle sobre esta substancia, alguns países aderiram a sua legalização com o intuito de desmistificar a má fama dos usuários e lhe dar uma melhor qualidade de vida.



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